Mas e John Zorn?
Para quem não conhece, ele é um saxofonista e multi-instrumentista (toca também piano, flauta e guitarra), que faz um jazz ultra-moderno. Mas o que isso tem a ver com dois músicos conhecidos por fazer música pesada da melhor qualidade?
Tudo!
Mike Patton, após o fim do Faith no More, enveredou por caminhos bastante experimentais, com o seu Fantomas e o Mr. Bangle. Lombardo é um senhor baterista que, além de tocar na maior banda do planeta, o Slayer, também ministra aulas e palestras, além de fazer parcerias interessantíssimas com outros músicos, afim de explorar sua veia musical mais eclética, coisa que não é possível no Slayer.
O que interessa nele, é que o Slayer não pode prescendir dele, mas ele pode prescendir do Slayer (ele participa bastante das composições das músicas). Só para contrariar o mito de que os principais músicos de uma banda são o guitarrista e o vocalista, e a bateria e o baixo são meros acompanhamentos e, portanto, qualquer músico serve. :D
Bom, isso aqui é daquelas coisas raríssimas de acontecer, mas quando acontecem, é como se o céu viesse à Terra: músicos talentosos se encontrando ao acaso em uma casa de show e resolvendo tocar juntos, improvisando cada segundo de sua apresentação. Podem esquecer o som do FnM, podem esquecer o som do Slayer e podem esquecer o jazz tradicional.
O negócio aqui está mais para Frank Zappa, não pelo tipo de música, mas sim como ela é construída e tocada.
Certamente não é para qualquer um, é bom reconhecer. O som é altamente experimental, com Mike Patton parecendo um alucinado nos vocais e arranjos, Zorn desconstruindo seu sax e Lombardo massacrando o couro de seu instrumento. Tudo no melhor sentido da música bem feita, claro.
Sem track list, já que ele não existe, as músicas foram sendo feitas na hora!
E está muito bem gravado, só para lhe avisar.
Peguei lá do Moodswings.
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