07 outubro, 2006

As Grandes Carniceiras da História: Elizabeth Bathory

Essa aqui definitivamente é uma das nossas!!!
Além de ter inspirado uma certa pessoa a criar uma banda com o seu nome...


selo real da Família Bathory



Erszébet (Elizabeth) Bathory nasceu em 1560/61 e morreu em 21 de agosto de 1614, na Hungría (na verdade, na região que é atualmente conhecida como República Eslovaca). É considerada a primeira serial-killer e vampira da História (só perdendo para Vlad, o Empalador, em número de mortos), matando mais de 600 mulheres em sua busca por sangue e juventude. O cenário de seus crimes foi no Castelo de Cséjthe, onde viveu e morreu, localizado nas fronteiras entre Eslováquia, Áustria e Hungria.

Tendo nascido em uma família nobre, casou-se bem cedo (como era costume na época), aos 15 anos, em 1575, com Ferenc Nadasdy, o "Herói Negro da Hungria". Como Nadasdy era de um patamar social inferior ao seu, ela manteve o seu nome e ele o adotou, em razão do status que ele proporcionaria. Ao contrário da maioria das mulheres, recebeu educação até os 18 anos, fato incomum na época.

Um fato interessante, é que ela teve um caso com um camponês local, aos 14 anos, inclusive tendo engravidado deste. O fato foi abafado, por ela estar prometida a Nadasdy: Bathory ficou enclasurada no castelo da família, a criança enviada para longe - não se sabe o seu paradeiro, nem o que lhe aconteceu - e o camponês foi morto.

Com Nadasdy ocupado em batalhas por mais terras e dinheiro, o lugar natural de uma mulher era cuidando da casa e de seus empregados (mais uma vez, é bom lembrar, eram outros tempos). Foi justamente nessa época que Elizabeth começou a desenvolver sua natureza sádica.

Nessa época era extremamente normal lordes e donos de terra maltratarem seus empregados e servos, mas a vitalidade e vontade que Bathory fazia isso impressionava a todos. Ela punia pesadamente suas empregadas, e quando não gostava de alguma, fazia de tudo para que sua temporada no castelo não durasse muito tempo e não fosse muito alegre. Bathory começava suas torturas enfiando vários pinos de metal (mais ou menos de 1,5cm de largura) em varias partes sensíveis do corpo, inclusive embaixo das unhas.

Sua clássica tortura era matar sua vítima em uma noite gelada. Bathory a levava para o jardim, a enterrava na neve e a abandonava até o congelamento. Vale salientar que o seu marido conhecia e não dava importância aos desvios da esposa, até a incentivando e participando em seus rituais.
Porém, enquanto Nadasdy matava suas vítimas com ares de repugnância, Elizabeth se excitava com isso.

Isso tudo em idade adolescente/pré-adulta!

Também vale lembrar que TODAS as suas vítimas foram mulheres, geralmente jovens, mas na maioria das vezes, garotas entre 11/16anos.

Conforme ela ficava mais velha, seus métodos e seu sadismo aumentavam. Ela inventava torturas, como cobrir suas vítimas com mel e deixar ao relento, para que insetos e outros animais as matassem. Ou então, deixar a pessoa nua ao relento - é bom lembrar que o inverno na europa oriental é bastante rigoroso, com temperaturas médias de 15º negativos - e depois jogar água fria, fazendo a pessoa morrer por congelamento.

Em 1604 Conde Ferenc Nadasdy morreu, fato este que não incomodou Elizabeth, que nunca escondeu o seu desprezo por ele, apesar de ter dado a luz 6 meninas e um menino. A partir daí, se é que isso é possível, seu sadísmo e loucura aumentaram ainda mais.
Nessa mesma época, pouco após a morte deste, Elizabeth estava envolvida com homens mais jovens e numa festa perguntou a um deles o que faria se tivesse que beijar uma velha que lá estava. O homem respondeu com palavras de desprezo e a velha acusou Bathory de excessiva vaidade.
Também nesse período ela começou a ficar pertubada pela sua idade estar avançando e ela já não ter a mesma aparência de antes. Foi a partir daí que ela começou com os seus famosos "banhos de sangue", onde ela sugava o sangue de suas vítimas e se banhava nele.

O fato aconteceu certo dia em que a Condessa estava sendo penteada por uma jovem empregada. Quando a menina acidentalmente puxou-lhe os cabelos com a escova, Elizabeth Bathory espancou-a e deixou-a sangrando no chão. Gotas desse sangue caíram em suas mãos e Elizabeth percebeu a forma mais jovial que a sua mão tomou, imitando a da moça. Com a ajuda de três amigas suas - supostamente bruxas, que diziam que o sangue humano era uma fonte de juventude e energia - Elizabeth cortou a garganta da empregada, despejou o sangue em uma banheira e ficou se esfregando horas com ele.
A partir daí, esse ritual passou a fazer parte de sua vida. Garotas eram atraídas para o catelo afim de trabalharem nele, somente para serem mortas e seu sangue ser usado para banho. Uma sala de tortura, com vários dispositívos, como um Iron Maiden foram instalados e ela encomendou outros diversos instrumentos de tortura a ferreiros e relojoeiros alemães. Assim, o castelo passou a ter uma sala de tortura em seus porões.
Além disso, ela possuia variados intrumentos de tortura, como uma jaula com espinhos de ferro, de modo a machucar e cortar suas cativas e um cilindro de metal, recoberto com pontiagudas estacas de ferro. Quando uma garota era intriduzida neste, ele era girado, cortando e fazendo-a sangra até a morte. Todos os seus dispositivos tinham canaletas instaladas, de modo que o sangue escorre-se até uma banheira, onde ela se banhava nele. Tembém era costume dela morder e arrancar pedaços de suas vítimas, e de comer a carne delas or estes ferimentos.

Isso continuou por muitos anos, até o castelo e seu nome adquirirem tão má fama, que ela não conseguia arrumar mais empregadas para trabalhar nele (e depois matá-las). Para contornar esse problema, ela abriu uma escola de costumes e começou a matar as jovens nobres que nela se inscreviam (nessa época, as famílias sempre enviavam suas filhas para uma escola de boas-maneiras, com a finalidade de lhes ensinar "como ser uma mulher" e "como ter boas maneiras")

Porém, matar pobres e trabalhadores é uma coisa, matar ricos e nobres é outra. Somente a partir daí é que ações contra ela foram tomadas.

No verão de 1610, autoridades locais começaram a investigar a vida de Elizabeth Bathory. Para isso, foi indicado o seu primo, o Conde Thurzo, porém nada os tinha preparado para o que encontrariam: além da sua sala de torturas, ainda foram encontrados corpos de garotas nos aparelhos (uma já estava morta, no seu famoso cilindro, outra estava viva, porém toda retalhada, dentro de um Iron Maiden e vários outros corpos espalhados em diversos equipamentos, todos vertendo sangue para a sua famosa banheira). Ainda foram exumados 50 corpos nas proximidades de seu castelo e foi encontrado um diário com os nomes de suas vítimas. No total, entre 613 e 650 delas!

Elizabeth Bathory foi presa em 26 de dezembro de 1610, bem como suas amigas bruxas.

Após um julgamento, onde sua presença não foi permitida, ela foi condenada à prisão perpetua. Sendo parte da nobreza da época, ela não poderia ser condenada pelos seus crimes, já que a lei protegia os nobres de qualquer sanção (novamente é bom lembrar, para os iletrados em História, que lordes e nobres eram seres divinos, portanto, a lei não se aplicava a eles).
Porém, suas amigas não tiveram perdão: seus dedos foram arrancados com ferro quente, seus corpos mutilidos enquanto ainda estavam vivas e depois queimadas na fogueira.
Bathory foi empareda em seu próprio castelo, em um aposento sem portas ou janelas, que tinha apenas uma minúscula abertura para que o ar e os alimentos passassem, completamente sozinha. Bathory conseguiu agüentar sua condenação por três anos, vindo a falece em 21 de agosto de 1614, sendo enterrada em Ecsed.

Elizabeth Bathory, nos autos do processo, foi acusada de ser uma assassina sádica, vampira e lobisomem.

Após a morte de Bathory os autos do processo foram lacrados e o rei da época, Mathias II, proibiu de se tocar no nome Bathory, em qualquer que fosse a ocasião.
Atualmente a transcrição do julgamento, bem como o diário de Elizabeth Bathory estão disponíveis nos Arquivos Nacionais do Governo Húngaro, em Budapeste, mas somente para pessoas nascidas no país e que falem sua língua natal.



torre do castelo acima do quarto onde Elizabeth ficou presa


a pequena janela de sua cela


Sinceramente: essa é pra casar! :D

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns pela "aula"! abs, Rock57