06 dezembro, 2006

30 anos da invasão Corinthiana

Ontem se comemorou 30 anos da invasão corinthiana ao Rio de Janeiro, em 1976, quando o time empatou em 1 x 1 com o Fluminense e foi disputar a final com o Internacional.

Tudo sem violência, nem quebra-quebra, apenas festa.
Outros tempos, outros tempos...

Por Nélson Rodrigues







"Uma coisa é certa: não se improvisa uma vitória. Vocês entendem? Uma vitória tem que ser o lento trabalho das gerações.

Até que, lá um dia, acontece a grande vitória.

Ainda digo mais: já estava escrito há seis mil anos, que em um certo domingo, de 1976, teríamos um empate.

Sim, quarenta dias antes do Paraíso estava decidida a batalha entre o Fluminense e o Corinthians.

Ninguém sabia, ninguém desconfiava.

O jogo começou na véspera, quando a Fiel explodiu na cidade.

Durante toda a madrugada, os fanáticos do timão faziam uma festa no Leme, em Copacabana, Leblon, Ipanema.

E as bandeiras do Corinthians ventavam em procela.

Ali, chegavam os corintianos, aos borbotões.

Ônibus, aviação, carros particulares, táxis, a pé, a bicicleta.

A coisa era terrível. Nunca uma torcida invadiu outro estado, com tamanha euforia.

Um turista que, por aqui passasse, havia de anotar no seu caderninho: "O Rio é uma cidade ocupada".

Os corintianos passavam a toda hora e em toda parte.

Dizem os idiotas da objetividade que torcida não ganha jogo.

Pois ganha.

Na véspera da partida, a Fiel estava fazendo força em favor do seu time.

Durmo tarde e tive ocasião de testemunhar a vigília da Fiel.

Um amigo me perguntou: "E se o Corinthians perder?"

O Fluminense era mais time.


Portanto, estavam certos, e maravilhosamente certos os corintianos, quando faziam um prévio carnaval.

Esse carnaval não parou.

De manhã, acordei num clima paulista.

Nas ruas, as pessoas não entendiam e até se assustavam.

Expliquei tudo a uma senhora, gorda e patusca.

Expliquei-lhe que o Tricolor era no final do Brasileiro, o único carioca.

Não cabe aqui falar em técnico.

O que influi e decidiu o jogo foi a torcida.


A torcida empurrou o time para o empate.

A torcida não parou de incitar.

Vocês percebem?

Houve um momento em que me senti estrangeiro na doce terra carioca".

NELSON RODRIGUES publicou este texto no GLOBO em 6/12/76, dia seguinte ao Fluminense x Corinthians.
Tirado do Blog do Juca

7 comentários:

Anônimo disse...

só posts do caralho hoje! pqp!



valeu!!!

Fireball disse...

Simplesmente maravilhoso !!

Saudações corinthianas !!!

Anônimo disse...

como palmeirense não gostei de ver esse "timinho" no seu blog. mas fazer o que né ?? corintiano é praga !!! bem mas vamos aos posts. todos são foderosos e classicos... parabéns... beermetal !!

Anônimo disse...

Fala,Hazzamanazz!

Pois é, eu me lembro desse acontecimento na minha cidade. Eu tinha 12 anos e meu pai me levava com uma certa frequência no Maracanã para assistir a tal Máquina Tricolor que fora montada pelo Francisco Horta,presidente do clube na época.
Ele era um dirigente que sabia muito bem explorar a mídia e criou um lema que marcou muito os torcedores tricolores: "Vencer ou Vencer". Mas, não foi o que aconteceu isso no Maracanã naquela tarde de domingo...
Vale dizer que não só o time do "curíntia" invadiu a cidade como,também, fora trazido por eles uma chuva do cacete que quase transformou - e o clube paulista tirou proveito disso - o jogo em pólo aquático!!!
Como botafoguense, restou-me contemplar o semblante de decepção do meu pai com o resultado do jogo o qual ele fora assistir...Ainda bem que eu não fui.
Valeu,Hazza! Um abraço,Miguel.

Anônimo disse...

POBRES GAMBÁS , TODO ESTE ESFORÇO E O INTER FOI O CAMPEÃO!!!!

hazzamanazz disse...

Assim como o Corinthians foi campeão em 2005, em cima do Inter, ganjacore.

Coisa da vida... :P

Anônimo disse...

VENCERAM EM 2005 GRAÇAS AO SWEITER E O TAPETÃO ALVI NEGRO ISSO SIM!!!MAS NÃO VAMOS DISCUTIR FUTEBOL POIS A MÚSICA É MUITO MAIS IMPORTANTE!!!