03 junho, 2007

Momento piegas...

Isso mesmo, momento de pieguíce pura aqui no Demência 13.
Especialmente pelo assunto em sí...

A gravadora EMI quebrou e será vendida!!!


É isso mesmo, você não leu errado.
A EMI Group PLC estava com dívidas de quase meio bilhão de dólares e avisou ao mercado que não conseguiria saldá-las. Por esta razão, ela será vendida ao consórico Terra Firma, pelo valor de 3.2 bilhões de libras.

O Terra Firma é um consórcio americano de capctação de capitais e provavelmente a revenderá para a gravadora Warner Music. Não deixa de ser irônico que, em 2006, a própria EMI queria comprar a Warner, mas o negócio não deu certo.
Como a indústria da música já anda meio capenga hoje em dia, o negócio deve piorar ainda mais, tanto na oferta de artistas novos, quanto na repressão a troca pela internet, já que existiam quatro grupos empresariais e agora serão somente três: Sony BMG, Warner Music Group e Universal Music Group (claro que o pessoal nunca conta a Apple, já que ela não grava artistas, mas está se tornando um player expressivo, especialmente em venda e promoção de música pela internet, portanto, não me surpreenderá nadinha se ela virar a quarta desse grupo ou mudar o mercado e engolir todo mundo).

Tá, o pessoal pode estranhar um blog que troca e disponibiliza música, ficar triste pela falência de um grupo de mafiosos. Mas eu estou.
E a coisa é puramente saudosista!

Quem nunca se lembra de abrir um disco do Iron Maiden, na década de 80, e encontrar lá o selinho amarelo da EMI? Ou então do Jethro Tull, e se deparar com a borboleta azul do selo Chrysalis, ou do WASP, e ver o símbolo preto da Capitol, com as cores do arco-íris no centro (que pertenciam ao grupo EMI)?
Era época do LP, onde não existia internet e as coisas eram bem diferentes do que é hoje. Ah sim, o controle com mão de ferro da música era igualzinho, mas eu era moleque naquele tempo, então não me preocupava nem um pouco com isso.

E sendo um pouco honesto e bastante pessimísta, da maneira como estamos organizados atualmente, ainda é necessário ter um grande grupo empresarial por trás (a menos que você tenha dinheiro para se auto-promover). A Apple é uma saída, mas não resolve o problema de uma única empresa controlar ou não o que você deve ouvir.
Há mais opções que antigamente, é verdade, mas mesmo assim o negócio é todo amarrado por ela e bastante tolhedor.

A Apple paga o mesmo salário unha de fome para os artistas, para quem não sabe.

Enfim, o mundo gira e a cigana roda. Como bem disse Edwar R. Murrow...Boa Noite e Boa Sorte.

3 comentários:

Barbarian disse...

Foi a primeira coisa que me veio à mente, os discos do Iron...

Valendo uma pinga que vão tacar a culpa na gente??

hazzamanazz disse...

Se vão ou não jogar a culpa em nós, isso eu não sei, mas a EMI era uma das poucas gravadoras que realmente arriscavam na hora de colocar artistas, mesmo que eles não dessem tanto retorno.

O seu esquilinho foi lançado pela filial da Finlândia, sabia?

Barbarian disse...

Ô LOKO!! Pena mesmo, muita coisa boa vinha com o selinho dela. Se comprarem, tomara que não estraguem o nome. Se cair nas mãos da Apple pode virar bagunça das feias, não dando espaço pra artistas decentes, e sim pra aquelas merdas "teenage brainwasher" que a gt já sabe... Bom, sei lá, só vendo pra saber, torço pra que não estrague tudo.